Mapas da ionosfera

A ionosfera apresenta um comportamento bastante complexo nas áreas da América Central e América do Sul, uma vez que a distribuição de elétrons livres na atmosfera é afetada consideravelmente pela Anomalia Equatorial e a distorção do campo magnético terrestre (com respeito a sua aproximação bipolar). A alta qualidade das observações GNSS de dupla frequência proporcionada pela rede SIRGAS de monitoramento contínua (SIRGAS-CON) se constitui de uma fonte de informação inestimável para realizar o monitoramento contínuo deste fenômeno. Por esta razão, o SIRGAS tem promovido a instalação de centros de análises da ionosfera que aproveitam da infraestrutura da rede SIRGAS-CON. Neste contexto, desde julho de 2005, a Universidad Nacional de la Plata, Centro de Análise Ionosférico do SIRGAS, produz mapas horários do conteúdo total de elétrons na vertical (vTEC) para a região SIRGAS. Estes mapas, conhecidos como mapas da ionosfera SIRGAS-UNLP, são calculados aplicando o Modelo Ionosférico de La Plata (LPIM), que implementa uma aproximação que considera que o TEC esteja concentrado em uma camada esférica de espessura infinitesimalmente final particularmente adaptada para a região do SIRGAS. Os 24 mapas diários, tanto no formato gráfico e numérico (grade de 1° x 1° em latitude e longitude) como em animações (vídeos) se encontram disponíveis em:

http://cplat.fcaglp.unlp.edu.ar/

Os mapas da ionosfera SIRGAS-UNLP estão sendo utilizados em diferentes estudos, como a validação da Ionosfera de Referência Internacional (IRI) sobre a América do Sul, o melhoramento do posicionamento GNSS com receptores de simples frequência e análise da viabilidade para o cálculo da correção ionosférica para um sistema regional de aumento baseado em satélites (SBAS). Este último estudo tem sido promovido pela Organização Internacional de Aviação Civil (OACI) no âmbito do projeto SACCSA (Solución de Aumentación para el Caribe, Centro y Sur América).

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